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A imprensa é inimiga do motocross brasileiro?

A resposta parece óbvia, mas não para todos

Crédito: Redação MX1 Motocross Brasil - Maurício Arruda - Foto: Ney Evangelista/Mundo Press

Campeonato Brasileiro de Motocross 2023 começou em Sorocaba (SP) nos dias 15 e 16 de abril

Motocross , Editorial | 19/04/2023

Antes de qualquer coisa, este editorial não é "mimimi" e muito menos tem como objetivo provocar polêmica. Quero apenas relatar aos meus amigos, apoiadores e aqueles que acompanham o MX1 a experiência que passei na abertura do Brasileiro de Motocross 2023 e que acabou culminando com minha ausência na cobertura da prova. Em mais de 20 anos trabalhando com o esporte, incluindo pelo menos meia dúzia de provas internacionais no Brasil ou no exterior, pela primeira vez fui impedido de entrar num evento, mesmo mostrando que o meu credenciamento havia sido previamente aprovado.

Para contextualizar, primeiro quero destacar que trabalhei por duas décadas na cobertura do Campeonato Brasileiro de Motocross até que passei por uma mudança radical na minha vida profissional, que fez com que eu deixasse de acompanhar a competição "in loco" nos últimos anos. Uma exceção foi a prova realizada em Interlagos no ano passado, quando comecei a amadurecer a ideia de voltar ao circuito com meu novo projeto, o MX1 Motocross Brasil. Na ocasião fiz algumas fotos e vídeos, e avaliei que investindo em novos equipamentos poderia produzir mais conteúdos e voltar a acompanhar profissionalmente a competição.

Comprei novos equipamentos e acessórios, continuei investindo nos meses seguintes e me preparando com a intenção de colocar a ideia em prática este ano. Enfim, o momento de iniciar o trabalho chegou com a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross 2023, em Sorocaba (SP). No meu site, faço tudo praticamente sozinho, mas nesse evento contaria com um parceiro de trabalho na cobertura. Ele chegou em Sorocaba na sexta, enquanto eu, como tinha alguns conteúdos para preparar antes de viajar, me programei para chegar na tarde de sábado.

Como comentei acima, cheguei ao evento com o credenciamento aprovado e fui seguindo as orientações que recebi por e-mail da assessoria de imprensa. Já no local, disse no portal de entrada que precisava retirar minhas credenciais e me indicaram para seguir mais adiante onde encontrei a portaria dos boxes. Lá me identifiquei mais uma vez e falei que precisava ir até a sala de imprensa retirar minhas credenciais. Perguntaram se eu tinha credencial para o veículo e respondi apontando no vidro do meu carro: "tenho o adesivo de box da CBM" e, após um breve debate entre os profissionais que cuidavam do acesso, permitiram minha entrada.

Dentro da área de boxes segui em frente por, talvez, 100 metros ou menos. Havia muita lama e barro devido a chuva do dia anterior e quanto mais avançava mais a condição piorava e menos espaço havia. Diante da situação, antes que meu carro ficasse atolado por ali causando um transtorno, decidi voltar até a portaria. Expliquei que estava complicado passar e perguntei se poderia acessar a entrada lateral (bem ao lado, livre e em melhores condições) ou mesmo deixar o carro por ali por alguns minutos, indo retirar as credenciais a pé para voltar na sequência (já sabendo se seria possível ou não estacionar próximo à sala de imprensa).

Foi então que uma pessoa da organização chegou sobre uma moto questionando porque o meu carro estava ali e dizendo que ele deveria estar no estacionamento pago. Me identifiquei como profissional da imprensa e disse que estava ali para retirar minhas credenciais para trabalhar na cobertura do evento. A resposta foi: "esse carro não está credenciado, tire ele daqui". Mostrei o adesivo de box da CBM, apenas para que ele entendesse que eu era um profissional do meio, repetindo que estava ali exatamente para retirar minhas credenciais. No entanto, ao invés de oferecer auxílio ou orientação de como proceder, escutei: "esse adesivo não é nosso, você não está credenciado e deve se retirar."

Inocentemente, achei que estava ocorrendo um mal entendido, afinal neste ponto já não era somente o carro que deveria ser retirado. Mostrei no meu celular o meu pedido de credenciamento aprovado e expliquei que estava há tempos divulgando o evento através do meu veículo (o site MX1), ou seja, era um "parceiro", mas para minha surpresa a resposta foi um ridículo: "você ganha com cliques". A "conversa" seguiu por mais algum tempo, sempre com uma postura antagônica do sujeito e a repetição de que eu não estava credenciado.

Antes de ir embora, insisti uma última vez na retirada das minhas credencias, mas recebi outra negativa e uma nova indicação para me retirar. Depois disso manobrei o carro e fui embora tentando encontrar uma justificativa para uma postura tão repulsiva, o tempo inteiro mandando não somente eu pessoalmente, mas um veículo de mídia embora, repetidamente. Não subi o tom de voz, não tive uma postura agressiva ou gritei com essa pessoa, ao contrário, procurei manter um tom cordial o tempo todo.

Ah, mas e a pergunta/título deste editorial? Bom, acho que ela é tão esdrúxula quanto este episódio e a resposta acredito ser óbvia... ao menos para a maioria das pessoas, apesar que, como vimos, há exceções. Sigamos em frente!

Maurício Arruda

PS: Ao menos nos poucos metros que andei dentro dos boxes fui muito bem recebido, inclusive, preciso destacar, pelo atleta que acabou sendo a grande estrela do fim de semana, o piloto Fabio Santos, vencedor da categoria principal, MX1, que passava próximo de onde eu estava e parou para me cumprimentar. Também revi brevemente alguns dos muitos amigos que fiz na minha jornada no esporte e graças a isso minha viagem não foi totalmente em vão!

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